Olho de boi, arruda, sal grosso, um patuá e Figa. Quem entende de superstição garante que em uma sexta-feira, 13 de agosto, tudo isso ajuda afastar o azar. Tem gente que faz este gesto quando ouve essa palavra.
Em uma pesquisa feita pela Faculdade de Filosofia do Recife (Fafire), só 25 % dos moradores da Região Metropolitana (RMR) admitem que são supersticiosos - quer dizer, não passam por baixo de escadas e fogem de gato preto.
Quem é supersticioso tem muitas maneiras de espantar o azar ou, pelo menos, de se desviar dele na sexta-feira 13. O vendedor Edvaldo Rocha disse que não é supersticioso. “A pessoa que trabalha com escada, em um momento tem que passar, não tem isso não”, disse.
Esse tipo de crença, que não tem nada a ver com uma explicação lógica para os acontecimentos da vida, foi medido por um levantamento estatístico feito entre os moradores do Recife, e foi constatado que o pernambucano é muito sensível a um dia como este. Ainda mais no mês de agosto, considerado por muitos o mês do azar ou do cachorro louco. Será que a bruxa está mesmo solta?
De acordo com a pesquisa 25% dos 657 entrevistados disseram ser supersticiosos. O maior medo é passar em baixo de escadas. Em segundo lugar, passar em frente a um cemitério à meia-noite. Depois, vêm os medos de quebrar espelhos, do número 13 e de encontrar um gato preto no caminho
Não é o caso da professora Benaris Oliveira, que tem a imagem do felino estampada na blusa. “Eu adoro gato. Já tive gato preto e nunca me deu azar”, contou.
Mas, mesmo quem não admite ser supersticioso revela algum medo do azar. “Dos que participaram da pesquisa, 75% afirmaram não ter nenhuma superstição. No entanto, um dado curioso ocorreu. Mesmo os que afirmaram que não tinham nenhum grau supersticioso, tomaram algumas escolhas que apontavam isso”, afirmou o coordenador da pesquisa, Urnailson Carvalho.
O objetivo da pesquisa é estudar até que ponto a superstição influencia nas decisões de consumo. Para os vendedores de ervas medicinais, a influência é grande: eles dizem que as vendas aumentam em até 50 por cento às vésperas de uma sexta-feira treze.
“Se toma um banho do pescoço para baixo e faz o pedido. Põe o olho de boi no bolso ou na bolsa, e o arruda você deixa em casa ou no comércio”, explicou a comerciante Maria da Conceição Tavarez.
Tem gente que se protege fazendo o sinal da cruz ou caprichando na oração. Para quem interpreta o que dizem os búzios, o bom mesmo é considerar este dia tão bom quanto outro qualquer.
“Os espíritos amigos sempre tem nos dito: a gente é o que a gente pensa. Se você pensa que sexta-feira 13 é ruim, vai ser ruim”, explicou o médium Lima da Luz .
Com informações do PE360Graus
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