
Para os praticantes mais antigos, o Paintball pode ser considerado uma versão atualizada da famosa brincadeira “Polícia e Ladrão”. Normalmente joga-se com um grupo de cinco a dez jogadores, divididos em duas equipes, onde o objetivo é eliminar o adversário do jogo, disparando com um marcador especial de CO2 ou ar comprimido, pequenas bolas de tinta. E embora existam diferentes formatos de jogos, os mais praticados são: Caça a Bandeira, Extermínio Total, Ataque ao Forte, Big Brother, Guerrilha Urbana e Ataque à Colina. Independente da modalidade escolhida, ao final de cada partida, o momento é reservado para o merecido descanso, verificar o material, carregar o stock de bolas e, claro, contar as suas histórias vitoriosas ou as agonizantes derrotas. Contudo, quem prática é unânime em afirmar que ganhando ou perdendo – todos desfrutam de um dia incrível.
Origem – Muitas versões existem para o surgimento do Paintball, mas curiosamente, o esporte começou pelas mãos de criadores norte-americanos, que quando se deslocavam a leilões de gado – marcavam os animais com pistolas ou fisgas utilizando pequenas bolas de tinta. Com o passar dos anos, militares abraçaram a ideia e se utilizaram da técnica em treinos militares, com algumas pequenas modificações, tornando, então, o esporte popular. Atualmente, podemos encontrar jogadores de Paintball nos quatro cantos do planeta, e sendo assim, o Brasil não é exceção.
Com essa popularidade e adrenalina proporcionada, em Limoeiro, a modalidade esportiva não é mais promessa, e sim realidade. Criado recentemente na Princesa do Capibaribe, o Limoeiro Paint Combat (LPC) traz o famoso Conter Striker (CS) das telas do computador para um campo de combate construído na Avenida Jerônimo Heráclio, centro de Limoeiro, num terreno baldio de propriedade da prefeitura da cidade, utilizado anteriormente com depósito de entulhos. “A nossa ideia inicial foi criar em Limoeiro um campo para prática do esporte, e com isso não precisar viajar para Recife ou Gravatá para nos divertir”, revelou o jogador Gilson Reis, que ao lado dos amigos Iedelano Negromonte, Pedro Adriano e Paulo Negromonte administram o campo de paintball.
Em Limoeiro, segundo Gilson, uma média entre 15 a 20 pessoas praticam a modalidade com marcador (arma) próprio. Para os admiradores do jogo que não dispõem do material, Reis garante que não ficam sem praticar. “O Limoeiro Paint Combat dispõe de marcadores para locação totalmente seguros e com manutenção semanais, além de outros materiais necessários para prática do esporte, como bolas de tinta, mascarás e coletes”, disse Gilson, ao lembrar também que o LPC oferece juízes para ajudar no decorrer da partida.
Equipamentos – Os nomes técnicos dos equipamentos para os praticantes novatos são palavras gregas. “Mas não existe bicho de sete cabeças”, tranquiliza Gilson. “O marcador usamos para não dizer arma. É nele (marcador) que colocamos as bolas de tinta biodegradáveis, as quais não prejudicam o meio ambiente. As bolas quando disparadas e atingindo o jogador, marcam o adversário, e aquilo será a prova que a munição o atingiu. As máscaras são instrumentos indispensáveis. Elas (máscaras) suportam fortes impactos e protegem toda a cabeça do jogador. Já os coletes são bem reforçados e protegem a frente, as costas e a lateral do atleta”, explica Reis. Outro elemento existente na prática do paintball é o cilindro. De acordo com o integrante do LPC, o objeto é um pequeno recipiente contendo CO2 (gás responsável pelo disparo).
Campo de Combate – O espaço que antes era um lixão transformou-se num dos melhores campos de paintball de Pernambuco. A área conta com diversos obstáculos, o que torna a disputa ainda mais eletrizante. Numa área de aproximadamente XXX m², as tropas adversárias disputam cada quadrado derramando suor e externando sorrisos. Nas partidas, algumas regras são determinantes para que nada de errado aconteça. “O jogador nunca deve retirar a máscara de proteção dentro do campo de combate, como também não deve iniciar uma partida sem os objetos de segurança. Caso o jogador desobedeça às regras será punido”, alerta Gilson Reis. De acordo com os organizadores do LPC, menores de 16 anos só podem participar com a autorização dos pais ou responsável. O horário de funcionamento é quarta-feira a domingo, a partir das 13h30. “De quarta a sexta-feira temos valores especiais. Já aos sábados e domingos, os valores são normais”, destaca o organizador.
O bancário Gilson Alves, é um “atirador de elite” do Limoeiro Paint Combat. Há seis anos, quando teve o primeiro contato com o esporte na cidade de Caruaru, não parou mais de praticar. Para o bancário, a palavra perigo não existe no campo de combate, desde que o jogador siga as determinações de segurança. “Todo esporte tem os seus níveis de segurança. E mesmo sendo munição de tinta, como é o paintball não podemos esquecer os materiais de segurança”, ressalta. Ele também revela o que o paintball tem lhe proporcionado: “companheirismo, controle emocional e adrenalina”.
Os interessados em conhecer e praticar o paintball podem reservar o campo de combate através do telefone (81) 9800.2330, ou pelo Orkut, no endereço: paintcombat2010@hotmail.com.
Redação: Jornal Viver Notícias / Limoeiro-PE
Edição 74 - Ano 2010
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